Uma tartaruga bebé de 127 gramas foi encontrada deitada de costas sem conseguir nadar, entre rochas, numa praia de Sydney, Austrália. Foi resgatada e levada para o hospital zoológico de Taronga. A pequena tartaruga ingeriu tanto plástico que as suas fezes consistiam inteiramente de plástico nos primeiros seis dias após a chegada.
“Não expelia fezes, apenas plástico puro”, disse a
enfermeira veterinária de Taronga, Sarah Male. “Eram de todos os tamanhos,
cores e composições diferentes. Alguns eram duros, alguns eram afiados e em
alguns era até possível ainda ver letras gravadas no próprio plástico. Isso é
tudo o que algumas destas pequenas tartarugas estão a comer. Há tanto plástico
por aí que elas se limitam a consumi-lo como alimento principal”, disse ela.
“Se todos dispuséssemos de um pouco do nosso tempo para
recolher algum lixo – não precisa de ser especificamente na praia – poderíamos
fazer a diferença!”, disse Male.
Na Austrália as medidas têm sido mais duras quanto ao
plástico descartável, mas a escala do problema é esmagadora.
Mais de 8 milhões de toneladas são despejados nos oceanos ao
redor do mundo a cada ano . A maioria é levada para o mar pelos rios, despejada
ao longo das costas ou abandonada por embarcações de pesca.
Um estudo de uma praia na Ilha Henderson, um dos lugares
mais remotos do mundo, encontrou quase 38 milhões de pedaços de plástico
espalhados pela areia.
No entanto, os investigadores australianos relataram em
junho que as ações locais estavam a fazer a diferença com a quantidade de
poluição plástica na costa da Austrália a diminuir em 30%, em média, como
resultado do trabalho dos governos locais para reduzir o lixo.
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