Segundo notícia divulgada pelo Jornal Público, a situação de seca que atravessamos está a agravar-se, ao ponto de forçar o governo a aplicar restrições relativas à produção hidroelétrica devido aos baixos níveis de água. Continue a ler este artigo para saber como pode ajudar a poupar água.
Para garantir a disponibilidade da água, é importante gerirmos bem os recursos e os gastos. “Não basta poupar água quando ela já não existe ou quando já começa a escassear. O que temos de pensar é, no fundo, o que é que cada cidadão pode fazer para minorar esse problema”, explica, ao Público, a presidente da direção nacional da Quercus, Alexandra Azevedo.
Confira ainda as dicas que Sara Correio, da Zero — Associação Sistema Terrestre Sustentável, revelou ao Público, para todos fazermos o nosso papel na poupança de água:
“O consumo de um simples café envolve um gasto de 140 litros de água, a produção de uma folha de papel necessita de dez litros de água e a produção de um litro de água engarrafada envolve três litros de água”, exemplifica a Zero. Portanto, todos os produtos, desde os têxteis, os equipamentos tecnológicos, os alimentos que consumimos, entre muitos outros, “necessitam de água para a sua produção, pelo que, se reduzirmos o consumo desses produtos, estamos também a reduzir o nosso consumo de água”.
Colocar garrafas, tijolos ou os mais variados objetos no autoclismo para que a descarga de água seja menor não são novidade. Mas há mais soluções de poupança na casa de banho. Aplique redutores de água nas torneiras e chuveiro. Reduzem a quantidade de água que passa e substituem a água retirada por ar, para que a água não perca pressão. Podem poupar até 50%. Para as torneiras, opte ainda pela instalação de um misturador de água quente e fria.
Recorrendo a um balde para ensaboar e uma mangueira para enxaguar. Tenha atenção ao tempo que usa a mangueira. Dez minutos ligada pode consumir até 200 litros.
O programa eco, em média, poupa cerca de 25% em eletricidade e cerca de 20% em água face ao normal. Quando comprar um destes eletrodomésticos, esteja atento à etiqueta energética. Sempre que possível, opte pelos aparelhos que gastam menos energia. E se o seu esquentador antigo já só trabalha “no máximo”, lembre-se de que tem de gastar ainda mais água para arrefecer a água aquecida em excesso.
Sabia que a agro-pecuária é o sector que mais contribui para o consumo de água? Comer menos carne e consumir mais alimentos sazonais e de produção local ajuda a diminuir o desperdício.
O uso de caixote do lixo na casa de banho evita descargas de água desnecessárias e problemas nas estações de tratamento de águas residuais (ETAR).
Essa água pode ser usada para lavar o chão, abastecer o autoclismo e regar o jardim. O ponto-chave aqui passa por não desperdiçar água que, mesmo que não possa ser usada para consumo, deve ser utilizada noutras atividades.
Apostar em medidas que promovam uma agricultura sustentável e mais amiga do ambiente e, simultaneamente, aumentem a matéria orgânica dos solos, para que seja necessária menos rega.
Outra solução é plantar árvores nativas em vez das ornamentais. Deve-se ainda ter em conta o porte das plantas, privilegiando as mais pequenas. Árvores de maior porte não se vão desenvolver tão bem e vão estar mais dependentes de mais cuidados de rega e vão morrer num curto espaço de tempo.
Para quem vive no meio urbano, espaços verdes ou parques não são suficientes para combater a escassez de água, até porque na grande maioria dos casos, é necessário a instalação de novos relvados e árvores que podem não sobreviver.
Fonte: Público
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